Os padres e o médico, a caverna misteriosa ligada com Machu Pichu, a água que teria ido à Lua e outras histórias de Águas de Lindóia.
A história dos padres italianos. Em 1900, o padre italiano Carmine D´Angelo, pároco da cidade de Socorro, vizinha da atual Águas de Lindóia, escreveu para seus amigos Henrique e Francisco Tozzi, na Itália, contando sobre
as belezas da "América" e sugerindo que viessem conhecê-las.
Henrique Tozzi, que também era padre, e Francisco Tozzi, um jovem médico, gostaram da idéia. Padre Henrique chegou e logo assumiu o cargo de vigário, enquanto que o Dr. Francisco passou a clinicar na região.
Tempos depois, padre Henrique mandou chamar o seu sobrinho médico para examinar um eczema de pele que muito o incomodava, resistindo a todos os tratamentos conhecidos naquela época.
Quando o Dr. Tozzi chegou encontrou o seu tio curado e ficou surpreso em saber que haviam sido as águas de uma fonte da região que haviam feito isso. Desse dia em diante o Dr. Tozzi dedicou sua vida à
pesquisa das fontes minerais das "águas quentes", como eram chamadas.
Os tropeiros e a lenda do sapo gigante.
O Dr. Francisco Tozzi começou a ouvir diversas histórias sobre as "águas quentes". Uma delas falava que os primeiros a usarem a magia das águas foram tropeiros do século XIX, que descobriram incríveis poderes cicatrizantes.
Os tropeiros teriam espalhado essa notícia por outros estados, atraindo os primeiros turistas.
Havia quem dissesse que o que curava não eram as águas, mas sim um enorme sapo que morava próximo às fontes e ajudava a curar os doentes que delas bebiam e se banhavam.
A vinda de Madame Curie, famosa cientista internacional.
Enquanto os casos de curas se multiplicavam, Thermas de Lindóia se tornava o balneário preferido pelas mais ilustres personalidades brasileiras.
Ao ficar sabendo que a cientista francesa Madame Curie faria uma visita ao Brasil, o Dr. Tozzi resolveu convidá-la para conhecer as fontes das "águas quentes" e ajudá-lo a desvendar o mistério delas.
Dizem que Madame Curie, na ocasião dedicada à pesquisa do elemento rádio, ficou impressionada com as fontes, reconhecendo que elas realmente possuíam características muito raras: a radioatividade, que era o que causava
as curas.
Os jornais da época não entram em detalhes sobre isso, mas comprovam com fotos que Madame Curie esteve em Thermas de Lindóia, como a pequena vila era chamada. O município de Águas de Lindóia seria fundado apenas em 16 de novembro de1938.
A passagem secreta para Machu Pichu e a pedra em hebráico
Uma história antiga, surgida não se sabe de onde e contada não se sabe por quem, diz que o Monte Sião, que faz a divisa entre Águas de Lindóia e a cidade mineira de Monte Sião, possui um túnel secreto que a interliga
diretamente com Machu Pichu, no Perú. Vários grupos de espeleólogos, os especialistas em estudo e exploração de cavernas, já tentaram explorar o lugar e descobrir essa passagem.
Alguns aventureiros afirmam já ter visto a caverna ao fim de um abismo e coberta por muita vegetação. Monte Sião é também o nome de um famoso monte em Israel e, curiosamente, foi encontrada uma pedra com velhas inscrições em hebreu no Monte Sião brasileiro. A pedra existe. A caverna,
quem sabe...? A razão do nome Águas de Lindóia. Lindoya, em tupi-guarani, significa água quente e insípida ao paladar. Os índios tinham razão:
algumas fontes minerais do Balneário não são agradáveis ao paladar, enquanto que outras são leves e deliciosas. Por essa razão, o Balneário possui uma equipe de médicos preparada para orientar os visitantes.